As ações militares da Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
não foram iniciadas de forma inopinada, mas seguiram planos que as Potências
envolvidas tinham desenvolvido. Estas ações militares foram precedidas de
outras, aplicadas pelos respetivos governos no campo da diplomacia, mas também,
a nível interno, na preparação das forças armadas e dos numerosos e
diversificados recursos necessários para apoiar as ações militares. Nos
acontecimentos que antecederam o desencadear da guerra, os atores principais
foram os líderes políticos, mas competia aos militares, de acordo com as
orientações recebidas do poder político, prepararem as forças armadas para as
prováveis situações de conflito então identificadas. Em 1914, tal como acontece
hoje, foi o poder político a decidir a guerra. Em 1918, da mesma forma, foi o
poder político que decidiu o fim da guerra. Durante o conflito foi o poder
político que providenciou os recursos necessários às suas forças armadas. Estes
processos não são possíveis sem uma íntima ligação entre os líderes políticos e
militares porque, quando a relação com os outros Estados se deteriora ao ponto
de desencadear um conflito armado, são as forças militares que assumem o papel
de maior relevo. Nas potências intervenientes na Primeira Guerra Mundial
existiam regimes políticos muito diferentes. Só existia uma república, a
França, mas as próprias monarquias apresentavam diferenças muito grandes, como
eram os casos, por exemplo, da monarquia britânica, democrática, e das
monarquias russa e alemã, autocráticas. Estas diferenças ditaram diferentes
formas de relacionamento entre o poder político e a instituição militar.
As guerras são, portanto, decididas pelo poder político. Os
planos para a guerra são desenvolvidos pelos militares, de acordo com as
diretivas estabelecidas pelo poder político e os recursos postos à sua
disposição. No início do século XX, líderes políticos e militares «avaliaram as
situações, definiram as ameaças, consideraram as alternativas e escolheram a
guerra como a opção mais apropriada, iniciando a ação ou respondendo à
iniciativa de outra nação. Em cada caso, ao avançarem em direção àquela declaração
formal (de guerra), os participantes tinham as suas agendas estratégicas
específicas.» [HAMILTON, Richard F. «War Planning: Obvious Needs, Not So
Obvious Solutions» in HAMILTON & HERWIG, 2010, p. 1] Os planos foram
desenvolvidos por forma a enquadrarem-se nestas agendas estratégicas.
Um plano é uma definição de recursos e da forma de os
utilizar para atingir um dado objetivo. Esta definição é válida para a
generalidade dos planos, sejam eles da responsabilidade dos governos ou das
chefias militares. Para o desenvolvimento dos planos, é necessário utilizar
recursos humanos, materiais, financeiros, infraestruturas e também definir um
caminho, uma estratégia, para, utilizando esses recursos, atingir o objetivo
pretendido. Nas vésperas da Primeira Guerra Mundial, as Grandes Potências tinham
planos para fazerem face a uma ou várias hipóteses de guerra, planos que foram
desenvolvidos sobre considerações de ordem política e militar.
Os planos existentes tinham sido desenvolvidos tendo em
conta a situação internacional, as ameaças percebidas, as alianças e os
recursos disponíveis. Esses planos foram desenvolvidos por cada um dos
respetivos Estados-Nação com a finalidade de garantirem a salvaguarda dos seus
interesses vitais. O desenvolvimento desses planos exigiu uma estreita
coordenação entre as lideranças políticas e militares. São planos muito
complexos, de longo, médio e curto prazo, cuja execução exige um grande
empenhamento não apenas das instituições militares, mas de toda a sociedade.
Aspirações,
interesses e objetivos
Cada nação tem as suas "aspirações nacionais".
Algumas são óbvias: manter a independência, a liberdade, garantir a segurança e
o bem-estar da nação. No entanto, as particularidades de cada nação determinam
aspirações específicas. Desde 1871 que os Franceses aspiravam a recuperar os
territórios da Alsácia-Lorena perdidos para o recém-formado Império Alemão em
consequência da Guerra Franco-Prussiana (1870-1871). No final do século XIX os
Portugueses aspiraram ao domínio do território africano entre Angola e Moçambique,
projeto que ficou conhecido como Mapa Cor-de-Rosa. Em geral, as aspirações
nacionais são «definidas sem grande objetividade e consolidação, mais em termos
idealistas e utópicos, muitas vezes relacionadas com os desejos de readquirir
antigas glórias. São frequentemente acentuadas e manipuladas psicologicamente
por entidades políticas com fins de mobilização popular a favor ou contra
certas finalidades políticas gerais ou sectoriais.» [LOUREIRO DOS SANTOS, 1983,
pp. 45-46]
Os Governos, como nos casos da França e de Portugal, têm a
responsabilidade de identificar os "interesses nacionais" que
designam aquilo que o Estado-Nação pretende salvaguardar. Quando se trata de
manter a independência, a liberdade, garantir a segurança e o bem-estar da
nação, não oferece grande dúvidas de que se tratam de aspirações da Nação que o
Estado identifica como interesses a salvaguardar. A independência do
Estado-Nação é um interesse nacional vital ou primário. No caso da França, no
período anterior à Primeira Guerra Mundial, a recuperação dos territórios da
Alsácia-Lorena era uma aspiração nacional que o Estado não podia identificar
como interesse nacional vital já que a sobrevivência da França enquanto
Estado-Nação não era posta em causa pelo status quo estabelecido em 1871.
Tratava-se, contudo, de um interesse nacional não vital e que os sucessivos
governos franceses não tornaram nunca explícitos.
Os interesses nacionais devem ser salvaguardados e compete
ao Estado preparar-se para agir relativamente a esses interesses. É estudada a
situação, são identificadas as ameaças aos interesses nacionais, se as houver,
e são estudadas as modalidades de ação possíveis. Estas visam atingir
"objetivos nacionais", isto é, agir para chegar a determinados
resultados (objetivos). Alguns destes objetivos só podem ser atingidos a longo
ou médio prazo. São os "objetivos nacionais longínquos" como os que
se encontram, por exemplo na Constituição da República Portuguesa, na alínea a)
do seu Artigo 9º, que trata das tarefas fundamentais do Estado: «Garantir a
independência nacional e criar as condições políticas, económicas, sociais e
culturais que a promovam.» Outros objetivos, de médio e curto prazo, são
chamados "objetivos nacionais próximos" ou "atuais". A
forma como a independência nacional é salvaguardada, para além do que se
encontra definido no texto constitucional, define-se de forma mais concreta e
explícita em objetivos de curto prazo que constam nos programas governamentais.
Alguns objetivos são de natureza secreta, como é o caso dos objetivos
relacionados com a segurança do Estado-Nação.
Quando os interesses são conflituais, isto é, quando a
defesa dos interesses de um Estado-Nação põe em causa a defesa dos interesses
de outro Estado-Nação, podem dar origem a uma crise internacional. Isto
significa que existe a probabilidade do emprego da força, ou seja, de ser
desencadeado um conflito armado. Embora as forças militares sejam normalmente
utilizadas no início da crise como fator dissuasor, para aumentar a
credibilidade da posição assumida por cada um dos intervenientes, a vontade de
um Estado-Nação resistir ao que considera uma ameaça por parte de outro
Estado-Nação, pode levar ao desencadear de ações militares concretas. «Como a
resposta à crise é do âmbito da estratégia global (não é apenas uma questão
militar) a ação militar deve estar intimamente coordenada com a ação política
global. Numa crise, esta íntima ligação deve ser assegurada a todo o custo, já
que são estreitas as margens a admitir quanto a desvios, porquanto o perigo da
guerra ronda permanentemente os intervenientes da crise, e as ações militares
de uma das partes (exercícios, demonstrações de força, mobilização de forças)
são aquelas que mais incitam a outra parte à escalada da violência.» [LOUREIRO
DOS SANTOS, 1983, pp. 109-110]
Estratégias
Todas as ações desenvolvidas
pelo Estado por forma a encontrar resposta para as aspirações nacionais e para
a definição e salvaguarda dos interesses nacionais exigem um planeamento que
tem a finalidade de definir objetivos longínquos e atuais (ou próximos) e que
deve definir a forma como esses objetivos são alcançados. Trata-se do
planeamento estratégico, da definição de estratégias nacionais. Os objetivos
longínquos, ou seja, de médio e longo prazo, devem ter em atenção os recursos
atuais à disposição do Estado, mas também obrigam a uma definição de quais os
recursos a obter e a desenvolver para permitir que esses objetivos sejam
atingidos. Os objetivos atuais devem ser definidos tendo em atenção os recursos
imediatamente disponíveis e a sua definição deve enquadrar-se no caminho a
percorrer para atingir os objetivos longínquos. Enquanto no primeiro caso, o
fator tempo permite adequar os recursos aos fins, no segundo caso são os fins,
os objetivos, que devem ser adequados aos recursos disponíveis. Desta forma,
define-se uma estratégia global à qual se submetem as estratégias sectoriais
(economia, educação, saúde, militar, etc.). Estas estratégias devem ser
materializadas através de planos [LOUREIRO DOS SANTOS, 1983, pp. 269-276].
É neste âmbito que os órgãos
de planeamento no Ministério da Defesa – ou da Guerra, como então se chamava –
desenvolvem os seus planos definindo para este sector os objetivos de longo,
médio e curto prazo. Os especialistas políticos e militares aos mais altos
níveis desenvolvem estratégias e planos dedicados à segurança nacional, planos
que aplicam as várias formas de poder nacional, tanto em tempo de paz como em
tempo de guerra. Os ministros da Defesa ou da Guerra, juntamente com os seus
conselheiros e os líderes militares desenvolvem "estratégias militares
nacionais" que recorrem às forças armadas para atingirem objetivos
nacionais de carácter militar. Devem então os líderes militares, com os seus
estados-maiores, estabelecer os planos de guerra que, embora da sua
responsabilidade imediata, exigem uma estreita coordenação com o Ministério da
Defesa, devendo este, no que lhe concerne, fazer a coordenação com outros
ministérios.

O processo segundo o qual se
desenvolvem estratégias militares e planos de guerra nasce, como vimos quando
falámos das aspirações nacionais, na própria Nação e a sua realização exige uma
coordenação estreita entre vários ministérios e entre o poder político e as
lideranças militares. Trata-se de um processo que pode ser esquematizado em
seis passos [COLLINS, 2002, pp. 5-9]:
1º passo – Definição dos
interesses nacionais. Estes, no que respeita à Segurança ou Defesa, podem ser
definidos para preservar a independência e integridade territorial do
Estado-Nação, mas também podem procurar expandir a jurisdição do Estado sobre
outros territórios ou nações. No período anterior à Primeira Guerra Mundial, o
Império Austro-Húngaro adotou uma política de Segurança baseada na expansão da
sua jurisdição sobre territórios nos Balcãs.
2º passo – Identificação das
ameaças – A natureza, a iminência e a intensidade das ameaças percebidas,
determinam o que pode e deve ser feito relativamente à salvaguarda dos
interesses nacionais contra ameaças presentes ou previstas, externas ou
internas. Primeiro, os serviços de informações fazem uma estimativa das
capacidades dos inimigos (o que é que os oponentes podem fazer) e depois
procuram calcular as suas intenções (qual a modalidade de ação do inimigo
parece ser a mais provável).
3º passo – Identificar os
objetivos chave – Priorizar de forma adequada os objetivos de curto, médio e
longo prazo, que são válidos por algumas semanas ou até uma década ou mais. A
Áustria-Hungria terá feito uma identificação correta das ameaças que punham em
causa a coesão do seu Império, mas identificou mal os objetivos chave e,
sobretudo, formulou uma estratégia errada que, em vez de uma guerra localizada,
gerou um conflito mundial. A Rússia, na defesa dos seus interesses, manteve
durante muito tempo um objetivo estratégico: controlar os Estreitos do Bósforo
e Dardanelos, o que lhe daria acesso ao Mediterrâneo
4º passo – Formular
estratégias – A formulação de estratégias é a arte e ciência da escolha de
modalidades de ação. Os responsáveis pelo desenvolvimento das estratégias
utilizam teorias e conceitos que, no seu entender, são as que melhor permitem
potenciar o poder nacional para atingir os objetivos.
5º passo – Atribuir recursos –
Não vale a pena formular estratégias para as quais não existem nem se prevê que
venham a existir recursos suficientes, sejam eles de que natureza forem. No
período anterior à Primeira Guerra Mundial, os Alemães compreenderam que não
conseguiriam ter uma marinha de guerra com a dimensão da Royal Navy e, sendo
assim, adotaram uma estratégia que lhes exigia menos recursos (ver a Teoria do
risco de Tirpitz no artigo «Planos de guerra na Alemanha - a questão naval»).
Responsabilidades
políticas e militares
Forças armadas eficientes
conseguem obter o máximo "poder de combate" dos recursos que o poder
político põe à sua disposição. O poder de combate é a capacidade para destruir
o inimigo e, simultaneamente, limitar os danos que ele nos possa infligir. Os
recursos que o poder político deve disponibilizar são de ordem financeira, o
acesso à capacidade científica da Nação, a uma indústria militar capaz de
satisfazer as necessidades das forças armadas na execução das estratégias
superiormente aprovadas e recursos humanos suficientes em quantidade e
qualidade para a execução dessas estratégias. Compete ao poder político
controlar a conversão desses recursos em capacidades militares. Este processo
varia com o regime político vigente. No Reino Unido, em 1914, o poder político
tinha um controlo efetivo sobre as suas forças armadas e, antes de chegarem aos
teatros de operações, os mecanismos de decisão estavam quase inteiramente fora
do alcance dos militares. Já na Alemanha, na mesma época, o Chefe do
Estado-Maior General – o comandante das forças militares terrestres e dos ainda
escassos recursos aéreos – respondia diretamente perante o kaiser. Neste último
caso, o poder político – governo, parlamento – ficavam em grande parte perante
o facto consumado.
Neste processo, é importante a
forma como a elite política vê a atividade militar e como aceita a opinião dos
líderes militares. Da visão política do papel das forças armadas e da
capacidade dos chefes militares para influenciarem os líderes políticos depende
em grande parte a eficácia da organização militar e este não é um tema que deva
ser tratado apenas em caso de guerra. A instituição militar, quando afetada por
uma moral baixa, por falta de recursos humanos em especial no seu aspeto
qualitativo, por falta dos armamentos e equipamentos adequados ou por outras
razões, necessita tempo para recuperar as condições que lhes permitam, de forma
eficaz, alcançar os objetivos que lhes foram superiormente impostos. Nesse
sentido, o poder político deverá proporcionar o apoio financeiro necessário ao
seu normal funcionamento e deverá proporcionar acesso aos recursos industriais
e tecnológicos ou aos equipamentos e armamentos adquiridos no estrangeiro
[MILLETT & MURRAY, 2010, pp.4-6].
Para além destas preocupações
de natureza política, existe um outro nível de ação onde políticos e militares
deverão coordenar de forma ainda mais estreita, havendo aqui um equilíbrio na
distribuição de responsabilidades: o planeamento estratégico, isto é, o
planeamento para o emprego das forças armadas nacionais quando é necessário
assegurar pela força a salvaguarda dos interesses nacionais definidos pelo
poder político. Neste âmbito, existem questões que requerem a resposta
coordenada das lideranças políticas e militares [MILLET & MURRAY, 2010, pp.
6-12]:
●
Os objetivos
estratégicos militares asseguram os objetivos nacionais? Tem de haver
consistência entre os planos estratégicos e os fins políticos que os norteiam.
●
Todas as estratégias
envolvem riscos. A questão que se coloca é saber se esses riscos são
consistentes com os objetivos definidos ou, por outras palavras, se as
consequências de um fracasso serão proporcionais à importância dos objetivos a
alcançar.
●
Quando o poder
político define os objetivos políticos nacionais deve ter em conta que terão de
existir condições para garantir que, da parte militar, possam ser atingidos os
objetivos militares que inevitavelmente deverão ser definidos de forma
consistente com os objetivos políticos. A definição de objetivos políticos
nacionais e objetivos estratégicos militares não pode ser um processo apenas
hierárquico, mas deverá também ser interativo.
●
Os militares deverão
ter em atenção e alertar o poder político para a necessidade de a força militar
existente ter a dimensão, estrutura e capacidades adequadas aos objetivos
estratégicos militares que terão de ser definidos em função dos objetivos
nacionais.
●
Com a mesma
preocupação da alínea anterior, a definição dos objetivos deverá ser
consistente com as estruturas logísticas militares e a base industrial e
tecnológica da defesa.
●
As forças armadas
atuam nos teatros de operações, normalmente em conjunto com os seus aliados. É,
portanto, necessário que exista uma integração entre os objetivos estratégicos
militares das forças aliadas.
A um nível quase inteiramente
militar, é importante analisar, selecionar e desenvolver conceitos e doutrinas
para o emprego das forças com a finalidade de atingirem os objetivos
estratégicos no teatro de operações. A atividade militar operacional envolve a
análise, planeamento, preparação e conduta das ações militares. As decisões
tomadas na área operacional são condicionadas pela missão, natureza do inimigo
e dos seus prováveis objetivos, terreno, logística, forças nacionais e aliadas
e o tempo disponível para o cumprimento da missão. Também a este nível,
portanto, é necessário ter em atenção um conjunto de requisitos para que as
forças militares possam atuar eficazmente [MILLET & MURRAY, 2010, pp.
12-19]:
●
Os conceitos
operacionais e as decisões da organização militar são consistentes com a
tecnologia disponível? Estará esta tecnologia a ser devidamente aproveitada?
Estará a organização militar em condições de aceitar novas tecnologias que
implicam alterações nos conceitos e doutrinas operacionais ou táticas?
●
A organização militar
dispõe dos meios capazes de garantir o apoio das operações com sistemas de
informações, de comunicações ou administrativo-logístico adequados? Sem os
apoios desta natureza a capacidade de combate tende a anular-se.
●
Os conceitos
operacionais da organização militar deverão ser consistentes com os objetivos
estratégicos que lhe são impostos. Após ter terminado a guerra em África, em
1974, o Exército Português teve que rever os seus conceitos operacionais e a
suas doutrinas táticas a fim de se integrar de forma consistente nas forças
europeias da NATO.
Certamente que existem outras
questões que poderiam ser apontadas como essenciais em todo este processo do
planeamento militar. O que acima foi mencionado aplica-se em todas as
organizações militares, mas dando maior peso a um ou outro fator conforme a época
que analisamos, o sistema político implantado ou o modelo de organização
militar adotado. No entanto, estes fatores servem perfeitamente de referência
para uma análise do planeamento em cada uma das Grandes Potências que iniciaram
a Primeira Guerra Mundial.
BIBLIOGRAFIA citada:
COLLINS, John M.,
Military Strategy, Principles, Practices, and Historical Perspectives, © 2002,
Brassey's Inc., United States of America, primeira edição, ISBN 1-57488-430-1.
HAMILTON, Richard F. &
HERWIG, Holger H. (Editores), War Planning 1914, © Cambridge University Press,
New York, 2010, ISBN 978-0-521-11096-9.
LOUREIRO DOS SANTOS,
José Alberto, Incursões no Domínio da Estratégia, © Fundação Calouste
Gulbenkian, Lisboa, 1983.
MILLETT, Allan R.
& MURRAY Williamson (Editores), Military Effectivness, Volume 1, The First
World War, © 1988, Cambridge University Press, New York, 2010, ISBN
978-0-521-51997-7.