sábado, 27 de dezembro de 2014

A Dupla Aliança e a nova Liga dos Três Imperadores


O Congresso de Berlim de 1878 teve consequências importantes. Materializou mais um passo no sentido da desintegração do Império Otomano. As potências europeias reunidas na Conferência de Berlim estabeleceram novas fronteiras nos Balcãs. O desenho do novo mapa foi feito de acordo com os interesses daquelas potências sem terem em conta os interesses das minorias nacionais que aspiravam a libertarem-se do domínio otomano. Apareceram vários pequenos principados e não foi criado nenhum Estado suficientemente forte, com capacidade para unificar os territórios que se libertavam do Império Otomano. As grandes potências encontraram, desta forma, um terreno fértil para exercerem a sua influência, especialmente a Áustria-Hungria e a Rússia. Permaneceram as rivalidades entre estas duas potências.

As relações entre a Alemanha e a França tornaram-se menos tensas. A França que, tal como a Alemanha, não tinha interesses a defender nos Balcãs, foi convidada a participar no Congresso de Berlim. Este facto significou que a própria Alemanha reconhecia a posição da França entre as grandes potências. Para o desanuviar das relações entre os governos destes dois Estados contribuiu o sucesso que os republicanos franceses tinham tido nas eleições de 1877. Menos radicais que os partidos de tendência monárquica, tendiam a normalizar as relações com a Alemanha embora não esquecessem a questão da Alsácia-Lorena.

Já a Rússia, que tinha invadido os territórios do Império Otomano e os seus exércitos tinham chegado às portas de Constantinopla, sentiu-se prejudicada com as imposições do Congresso. Foi obrigada a devolver parte dos territórios anexados na região do Cáucaso e teve de aceitar a divisão da Bulgária. Para os Russos, Bismarck tinha favorecido a Áustria-Hungria em prejuízo do Império Russo. Sendo esta a sua percepção, o czar decidiu retirar-se da Liga dos Três Imperadores. O problema da rivalidade austro-russa e o fim da Liga dos Três Imperadores deixaram claro que a Áustria-Hungria e a Rússia dificilmente poderiam manter-se no mesmo sistema de alianças. Assim, Bismarck teve que decidir com qual das potências interessava manter a ligação mais estreita. O seu objectivo principal, apesar da melhoria de relações, continuava a ser o de manter a França isolada. Apesar de ainda ser pouco provável uma aliança entre a França republicana com o Império Russo, este facto não deixou de causar forte preocupação na Alemanha e de ensombrar o desanuviamento que começava a verificar-se nas relações franco-alemãs. Como afirma Kissinger, «a Alemanha era demasiado forte para permanecer distante das outras potências pois isso podia uni-las contra ela [...] A Alemanha era um gigante que necessitava de amigos.»

Bismarck começou a construir um sistema de alianças que tinha dois objectivos: impedir a coligação de potenciais adversários da Alemanha e restringir as acções dos seus parceiros. Embora Guilherme I tivesse preferência por manter uma relação mais estreita com a Rússia, Bismarck privilegiou a relação com a Áustria-Hungria. Desde 1871, quando foi criado o Império Alemão, a situação mais favorável para a Áustria era a de uma aliança com a Alemanha que lhe proporcionaria apoio em caso de conflito com a Rússia. No entanto, as aspirações austríacas nos Balcãs, onde se chocavam os interesses austro-húngaros e russos, fizeram com que Bismarck procurasse não se envolver nessa questão a fim de não provocar atritos com a Rússia. A solução que então tinha sido encontrada para a Alemanha era a de manter uma ligação com aquelas duas potências, o que se materializou na Liga dos Três Imperadores que acabaria por não sobreviver à crise balcânica de 1875-1878.

No dia 7 de Outubro de 1879, em Viena, a Alemanha e a Áustria-Hungria assinaram um tratado de aliança que ficou conhecido como Aliança Dual. O Tratado foi assinado pelos representantes da Alemanha e da Áustria-Hungria, o Príncipe Henrique VII de Reuss-Köstritz e Gyula Andrássy, respectivamente. O Artigo 1.º daquele tratado estipulava que, se qualquer uma das duas potências fosse atacada pela Rússia, a outra prestar-lhe-ia apoio com todo o seu poder militar e a paz só seria concluída de comum acordo. O Artigo 2.º estabelecia que se uma das potências contratantes fosse atacada por uma terceira potência que não a Rússia, a outra potência contratante não apoiaria o agressor e, no mínimo, assumiria uma atitude de neutralidade relativa ao seu parceiro do Tratado. No entanto, se uma terceira potência atacasse qualquer uma das partes com o apoio da Rússia, seriam accionadas as obrigações previstas no artigo anterior. O Artigo 3.º estabelecia a duração do Tratado por cinco anos após a sua ratificação e as condições em que seria renovado por períodos sucessivos de três anos. O Artigo 4.º estipulava o carácter secreto do Tratado a menos que o crescente poder militar da Rússia viesse a constituir uma ameaça para qualquer das apartes e, para este caso, ficou estabelecido que o czar da Rússia devia ser informado dos termos do Tratado, pelo menos confidencialmente. Finalmente, o Artigo 5.º referia um prazo de catorze dias para a ratificação do Tratado (Ver o texto da Aliança em http://www.firstworldwar.com/source/dualalliance.htm
).




Com esta aliança, a Áustria-Hungria não era obrigada a envolver-se numa guerra entre a Alemanha e a França. Já a Alemanha, dificilmente poderia manter uma situação de neutralidade se a Áustria-Hungria se envolvesse em conflitos nos Balcãs pois, seguramente, esse conflito implicaria a intervenção russa. Assim, não estava afastada a possibilidade de um quadro desfavorável à Alemanha, aquele em que a Rússia e a França se unissem e lançassem ataques simultâneos sobre as suas fronteiras oriental e ocidental. Portanto, era importante para a Alemanha conseguir uma aproximação com a Rússia e foi nesse sentido que Bismarck agiu. A sua ideia, conforme ficou expresso numa carta que escreveu ao embaixador alemão em Viena, em Outubro de 1879, ainda antes da assinatura do tratado com a Áustria-Hungria, era a de fazer a Rússia sentir os inconvenientes do isolamento, o que a Rússia já tinha sentido no conflito com a Turquia em 1877-1878. Para conseguir os seus objectivos, Bismarck começou por procurar estabelecer uma ligação com o Reino Unido, cujos interesses na Ásia Central estavam em colisão com os interesses russos. No entanto, Disraeli limitou-se a declarar que, no caso de um conflito entre a Alemanha e a Rússia, o Reino Unido estaria disposto a ligar-se à Alemanha. No que respeita à França, o primeiro-ministro britânico comprometeu-se apenas a estar atento às atitudes francesas. Bismarck considerou as respostas Britânicas insuficientes mas os contactos estabelecidos foram o suficiente para inquietar a Rússia.

A Rússia tinha ficado isolada no Congresso de Berlim. O Reino Unido tinha tomado a iniciativa de proteger a Turquia e continuaria a fazê-lo para que a Rússia não dominasse os estreitos
 (Bósforo e Dardanelos). Se necessário, as forças britânicas atravessariam os estreitos e atacariam a Rússia através do Mar Negro; atingiriam a Ucrânia, a parte mais rica e também a mais vulnerável do Império Russo. Para conter os Britânicos, os Russos procuraram um aliado no Mediterrâneo. A Itália não queria colocar-se numa posição contra a Grã-Bretanha e a Rússia não estava disposta a uma aliança com a França que tinha apoiado os britânicos na Conferência de Berlim. Assim, restava-lhe preservar a sua tradicional amizade com a Prússia (agora a Alemanha). Do ponto de vista dos Russos, se a Alemanha não tinha interesses nos Balcãs, podia apoiar os Russos, ali e nos estreitos. Os Russos entendiam que podiam levar a Alemanha a pressionar a Áustria-Hungria em defesa dos interesses da Rússia. «Bismarck construiu a nova Europa; agora tinha de preservá-la.» Essa era a principal preocupação de Bismarck.

No final de Setembro de 1879, um diplomata russo foi enviado a Berlim e tiveram início negociações para uma reaproximação entre a Alemanha e a Rússia. O Chanceler russo Alexandre Gorchakov foi entretanto substituído por 
Nikolay Karlovich Girs, «grande admirador da diplomacia bismarquiana.» Ambos os imperadores eram favoráveis à aproximação. Além disso, uma aliança com a República Francesa parecia difícil de ser concretizada, principalmente após a França recusar a extradição de Hartmann, um terrorista acusado de ter feito explodir o comboio onde a família real russa deveria viajar. Na eventualidade de um conflito anglo-russo, interessava à Rússia, pelo menos, a neutralidade da Alemanha e da Áustria-Hungria. Esta última, ciente das divergências relativas à situação dos Balcãs, não tinha interesse num tratado com a Rússia. Foi necessário uma grande pressão da Alemanha para, a 18 de Junho de 1881, assinar um tratado que renovava a Liga dos Três Imperadores.



Ao ser restabelecida a Liga dos Três Imperadores, com base num tratado formal, o que não acontecera antes, não foi suprimida a aliança entre a Alemanha e a Áustria-Hungria – a Aliança Dual. Os principais objectivos de Bismarck, ao restabelecer esta Liga, eram o isolamento da França e a aproximação entre a Rússia e a Áustria-Hungria. Para esta, os benefícios da aliança com a Rússia não eram claros. A Áustria-Hungria teria preferido estabelecer uma ligação com o Reino Unido. Ambas as potências, Áustria-Hungria e Reino Unido, tinham interesse em bloquear o avanço da Rússia em direcção aos estreitos. No entanto, a alteração do governo no Reino Unido (saída de Disraeli e entrada de Gladstone) impediu a concretização desse objectivo austro-húngaro.

No articulado do tratado que restabelece a Liga dos Três Imperadores encontram-se, entre outros, os seguintes pontos essenciais:

  • Neutralidade benevolente das duas outras potências se a terceira estiver em guerra com uma quarta potência;
  • A Áustria-Hungria e a Rússia comprometiam-se a não alterar unilateralmente o status quo nos Balcãs.
Num protocolo em separado, previa-se a possibilidade de a Áustria-Hungria vir a anexar a Bósnia e a Herzegovina que estavam já sob a sua administração desde o Congresso de Berlim de 1878. No mesmo protocolo previa-se também que a Rússia poderia agrupar num único Estado o Principado da Bulgária e a Rumélia Oriental.

Nos termos do primeiro ponto acima indicado, a Alemanha ficava protegida de uma guerra em duas frentes na possibilidade de um conflito com a França pois, neste caso, podia contar com a neutralidade da Rússia. Esta, por sua vês, contava com a neutralidade alemã e austríaca em caso de conflito com o Reino Unido. Como este tratado não anulou a Aliança Dual, mantinha-se o compromisso da Alemanha em defender a Áustria contra qualquer agressão.


A Áustria-Hungria, que não desejava o tratado pois não retirava nenhum benefício das suas cláusulas, viu-se obrigada a assiná-lo para não ficar isolada. Este sistema de alianças construído por Bismarck foi alargado em 1882 com a entrada da Itália e a transformação da Aliança Dual em Tríplice Aliança. Até 1885, não houve acontecimento que viesse perturbar a paz ou pôr em causa este sistema de alianças. A Liga dos Três Imperadores foi renovada em 1884, para durar mais três anos. Por fim, em 1887, a Rússia denunciou o tratado e a Liga não foi renovada. A razão desta atitude da Rússia estava, mais uma vez, relacionada com os Balcãs.

Embora a Áustria-Hungria e a Rússia se tivessem comprometido, pelo tratado que renovava a Liga dos Três Imperadores, a não alterar o status quo nos Balcãs, tal não impediu estas duas potências de procurarem alargar a sua influência na região. Aos poucos, a Áustria-Hungria conseguiu alterar a seu favor o status que tinha sido estabelecido no Congresso de Berlim de 1878. Os principados em que a Áustria-Hungria fez sentir a sua influência foram a Sérvia, a Roménia e a Bulgária.

O Príncipe da Sérvia, Milan Obrenovich, um governante impopular, pediu apoio ao governo austríaco, principalmente recursos financeiros. Em troca desse apoio, Milan Obrenovich assinou em Viena, a 28 de Junho de 1881, um tratado secreto pelo qual se comprometia a não fazer alianças externas sem o acordo da Áustria-Hungria e a não permitir que o seu território fosse utilizado como base para qualquer tipo de ameaça contra aquela potência. Como paga por esta subordinação, Milan Obrenovich conseguiu, com o apoio austríaco, obter o título de rei.

Na Ruménia, a influência da Áustria-Hungria teve o apoio alemão. O rei Carol era da família Hohenzollern o que, só por si, permitia compreender a sua preferência pelos laços com a Alemanha. Além dos laços familiares que o aproximavam da Alemanha, existiam questões que o afastavam da Áustria-Hungria e da Rússia: por um lado, os Romenos da Transilvânia e da Bucóvina estavam sob domínio da Áustria-Hungria; por outro lado, em 1878, a Rússia tinha imposto à Roménia a cessão da Bessarábia do Sul, território rico, em troca da região de Dobruja, território pobre. Esta animosidade em relação à Rússia foi aproveitada por Bismarck para aproximar a Roménia da Áustria-Hungria. Em Outubro de 1883, a Roménia e a Áustria-Hungria assinaram um tratado secreto de aliança defensiva, contra a Rússia. Apesar do seu carácter secreto, a Rússia teve conhecimento da sua existência e mostrou o seu desagrado.

Na Bulgária, depois do Congresso de Berlim de 1878, os Russos tentaram impor o seu protectorado. Em Julho de 1879, a Assembleia Constituinte da Bulgária conferiu o título de Príncipe a Alexandre de Battenberg, um aristocrata de Hesse, com vinte e dois anos de idade, a prestar serviço como oficial no exército russo. Alexandre de Battenberg era sobrinho de Maria Alexandrovna, uma princesa do Grão-Ducado de Hesse, a imperatriz consorte de Alexandre II da Rússia. Também tinha ligações familiares com as casas imperiais da Alemanha e da Grã-Bretanha. Os Ingleses, em particular, conseguiam exercer a sua influência sobre o Príncipe Alexandre da Bulgária, em grande parte devido ao seu excelente relacionamento com a Rainha Vitória.

No governo da Bulgária, os ministros da Guerra e dos Negócios Estrangeiros eram russos. Como os Russos também controlavam muitos outros postos importantes da Administração, acabaram por controlar a vida económica da Bulgária o que desagradou à população. Por pressão da opinião pública, Battenberg começou a afastar-se dos Russos e aproximou-se do movimento nacionalista liderado por Karavelov. Em 1883 exonerou os dois ministros russos e, a 18 de Setembro de 1885, com o apoio da população, proclamou a união da Rumélia com a Bulgária. Ficava, desta forma, reconstituída a “Grande Bulgária” tal como tinha sido definida no Tratado de San Stefano em 1878. A principal diferença era que este movimento nacionalista manifestou-se contra os interesses da Rússia, o que desagradou a Moscovo. Moscovo ordenou aos seus oficiais ao serviço do exército búlgaro que retirassem imediatamente. De um momento para o outro, o exército búlgaro ficou sem o adequado enquadramento em oficiais o que o tornava mais vulnerável a um ataque vindo do Império Otomano. A unificação da Bulgária e da Rumélia Oriental reforçaram a percepção que os Russos tinham em que o Tratado de Berlim (1878) foi uma conspiração austro-alemã destinada a acabar com a influência da Rússia nos Balcãs.

A Rússia decidiu não arriscar uma confrontação com a Áustria-Hungria e a Grã-Bretanha por causa da unificação da Bulgária. No entanto, o Rei Milan da Sérvia, perante esta violação do Tratado de Berlim, decidiu atacar a Bulgária. A população sérvia não compreendia porque teria de haver uma guerra com os “irmãos eslavos” que, ao lado dos Sérvios, tinham combatido os Turcos. Para o rei Milan, a unificação daria à Bulgária uma posição vantajosa na luta pela Macedónia. Para o rei sérvio era uma oportunidade para receber compensações territoriais destinadas a compensar a Sérvia pelo crescimento da Bulgária após a união. Tratava-se de preparar a formação da "Grande Sérvia". A Bulgária recusou ceder qualquer território. Encorajado pelo “Partido Militar” da Áustria-Hungria, ele esperava que este ataque faria a Rússia chegar ao ponto de declarar guerra à Sérvia o que, nos termos do tratado secreto entre Viena e Belgrado, levaria a Áustria-Hungria a apoiar a Sérvia e a declarar guerra à Rússia.

No dia 13 de Novembro de 1885, a Sérvia declarou guerra à Bulgária. As principais forças búlgaras encontravam-se na Rumélia Oriental e os Sérvios calcularam que no dia 20 de Novembro estariam em Sofia. Alexandre de Battenberg reuniu apressadamente o seu exército e, no dia 17 de Novembro, foi travada a Batalha de Slivnitza que terminou no dia 19 com as forças búlgaras infligiram uma pesada derrota aos Sérvios. Após esta batalha, as forças búlgaras invadiram a Sérvia e nos dias 26 e 27 de Novembro travaram a Batalha de Pirot, outra vitória dos Búlgaros. A Sérvia foi salva pela Áustria-Hungria que insistiu na retirada das tropas búlgaras ou, no caso de não o fazerem, entraria na guerra ao lado da Sérvia. A 3 de Março de 1886, foi assinado o Tratado de Bucareste e o status quo restaurado nos Balcãs. O tratado tinha um único artigo com a seguinte redacção: «A paz é restabelecida entre o Reino da Sérvia e o Principado da Bulgária, a partir da data da assinatura do presente tratado.» Foi também assinado um protocolo, pelas principais potências europeias, que alterava algumas das normas estabelecidas pelo Tratado de Berlim (1878). Ficou oficialmente estabelecido que o Governo-Geral da Rumélia Oriental seria atribuído ao Príncipe da Bulgária.

Os Russos decidiram intervir de outra forma: foi organizada uma conspiração que, a 21 de Agosto de 1886, provocou a queda de Battenberg. Este, apesar de ter o apoio da generalidade dos Búlgaros, foi obrigado a abdicar a 7 de Setembro de 1886. No entanto, quando o Parlamento Búlgaro se reuniu para escolher um novo príncipe, designou Fernando de Saxe-Coburgo que depressa se mostrou contrário à política da Rússia.

Desde o Congresso de Berlim (1878) que a Rússia vinha a perder influência nos Balcãs e acusou a Áustria-Hungria de provocar essa situação que punha em causa a clausula do tratado que restabelecia a Liga dos Três Imperadores que obriga as duas potências a manterem o status quo na região. Em 1887, ao terminar mais um período de três anos, a Rússia recusou renovar a Liga dos Três Imperadores. No sistema de alianças de Bismarck subsistia a Tríplice Aliança, instituída em 1882, formada pela Alemanha, Áustria-Hungria e Itália. A Rússia ficava liberta para uma aproximação à França.

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